Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre a Década Internacional de Afrodescendentes [representado por Valerie Amos, coordenadora de Ajuda de Emergência e subsecretária-geral da ONU para Assuntos Humanitários]




Estou muito contente por estar aqui, no Dia dos Direitos Humanos, para lançar a Década Internacional de Afrodescendentes.

Em todo o mundo, africanos e a diáspora africana continuam a sofrer com a desigualdade e as desvantagens por conta do legado da escravidão e do colonialismo. Estar livre da violência, do preconceito e da discriminação é um sonho distante para muitos.

Os afrodescendentes estão entre as mais pobres e marginalizadas comunidades em todo o mundo. Eles têm altas taxas de mortalidade e mortes maternas, e acesso limitado a educação de qualidade, serviços de saúde, moradia e seguridade social. Eles têm que experimentar a discriminação em seu acesso à justiça e encaram altos índices de violência policial e discriminação racial.

Todos nós precisamos fazer mais para garantir a igualdade nos sistemas de justiça e de leis e para promover e defender os direitos humanos dos afrodescendentes em todos os lugares.

Essa Década é uma oportunidade para realizar ações focadas e coordenadas. Minha esperança é de que, daqui a uma Década, a situação dos direitos humanos dos afrodescendentes esteja amplamente melhorada em todo o mundo.

Todo o Sistema das Nações Unidas participará das atividades da Década, de organismos de direitos humanos a agências especializadas, fundos e programas. Eu encorajo todos a desenvolver e implementar iniciativas criativas que farão uma diferença concreta na vida das pessoas.

Eu conto com todos os Estados-membros para que permaneçam engajados e comprometidos com a Década, em nível local, nacional, regional e internacional. Estou contente de ver que muitos já alocaram fundos para suas atividades.

Desejo o melhor a todos em todo o mundo neste Dia dos Direitos Humanos. Não devemos esquecer que os direitos humanos são para todos, a cada minuto de cada dia, 365 dias por ano, sem distinção de nenhum tipo – onde quer que vivamos, quem quer que sejamos, independentemente de nossas opiniões, origens étnicas, cor da pele, orientação sexual ou qualquer outra condição.

Muito obrigado.

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